Agora que me toquei de uma coisa sobre a transportadora ‘Trans Acreana’ e que me representa perfeitamente:
Eu sou uma pessoa ‘trans acreana’ porque sou paraense, porém me identifico como natural do Acre, OU SEJA, sou uma pessoa TRANS acreana.
Que bagulho incrivelmente complicado e interessante. Será que tem algum colega meu da academia (não me refiro àquela onde se consome drogas bombásticas) disposto a usar Lógica Matemática para desvendar esse mistério? Será que as pessoas que iniciaram esse importantíssimo questionamento filosófico poderiam consolidar tudo isso num estudo sério valendo-se de matemática e (já dei a dica que o caminho seria pela lógica matemática) coleta de dados E – como muitos adoram exigir – todos os testes possíveis de validação? Acho que nesse caso nem precisaria ser teste duplo cego, duplo mudo, tampouco duplo surdo, pois usando lógica matemática (aquela velha que não considera que 2+2=4 é racista) uma pessoa com o grau de titulação “ensino médio completo” seria capaz de, ler, entender e reproduzir. Afinal, não seria esse o princípio básico de validação de um estudo científico? Eu “acredito na ciência”, e tu?! Eu não acredito em ETs… eles são muito mentirosos!
Como é maravilhosa a academia: a pessoa se forma em engenharia para no final assumir um cargo de validador de vaga para cotistas, decidindo quem é índio suficiente, preto suficiente e/ou pobre suficiente. E durante essa avaliação, que segue uma linha de raciocínio outrora apreciada pela elite alemã de um certo período do século 20, até poderia ser usada Lógica Matemática, já que no exemplo trata-se de um engenheiro, mas para que? Bora usar a subjetividade! Bora dizer que meus descendentes, que nem eram da raça que me classificam hoje, são os culpados e que eu tenho uma dívida histórica por contas das supostas atrocidades cometidas por eles! Por que a gente não calcula então o valor dessa dívida? Assim a gente quita de uma vez esse boleto!
Amigos, familiares, pessoas notavelmente mais inteligentes do que eu, com titulação, com trabalho, com sucesso, com dinheiro, com tudo que alguém comum almeja, defendem ideologias com tamanha estupidez em prol de falsa sinalização de virtude: viva o SUS; duas máscara; não tomou vacina, é genocida; fique em casa, economia a gente vê depois; prende quem tá na rua sozinho; prende quem tentou aplicar um golpe de estado com reza e bíblia; prende quem disser que um careca não tem cabelo, prende; viva a democracia… relativa! E bote relativa nisso tudo!
Mesmo assim eu não desejo que eles sumam da minha vida, não acho que devam ser extirpados da existência, de forma alguma. Mas gostaria que pudessem tentar um diálogo aberto sobre as coisas como eu as vejo. É provável que muitos deles saibam o que significa XX e XY, saibam que isso é imutável. Saibam que quando uma ossada for encontrada daqui a 1000 anos pelos arqueólogos do futuro, dirão “esse aqui é goreto, essa aqui é gorete”. Porém por conta da cegueira ideológica, mesmo sendo DOUTOR, defendem que sexualidade é um constructo social. Eu aceito que pensem assim, mas eles não aceitam que eu não concorde com eles, pois sou a representação de tudo que não presta: sou homofóbico, gordofóbico, transfóbico, racista, misógino, etc. e etc. de novo! Posso até ser tudo que dizem que sou, entretanto digam-me: quando eu fui homofóbico? Quando eu fui fascista? Quando eu fui genocida? Quando eu fui fã de bolsa? Antes de tudo, digam-me o que é fascismo?
Talvez eu realmente seja um genocida porque constantemente tento erradicar as pragas que detonam minhas plantações. Mas genocídio se aplica a outras espécies do reino Animália?
Era para tudo ser muito simples. Talvez o erro da humanidade tenha sido alcançar essa segurança na perpetuação da espécie, assim acabamos esquecendo do nosso real propósito como ser vivo. O que era mais difícil, tornou-se fácil demais e banal ao ponto de inventarmos problemas que não são reais, tampouco naturais.
Eu existo para gerar descendentes. As bactérias “sabem” disso, pois esse é o propósito delas também. A gente SABIA disso, esquecemos? Será que sabíamos ou sabemos? Ou só ignoramos para satisfazer a ideologia? Agora a gente vive para ter sucesso, para ter dinheiro, para ostentar, para sinalizar virtude.
Não sou religioso, mas me impressiona o quanto os preceitos religiosos fazem sentido agora que a sociedade sapiens segue esse caminho de autodestruição. A maioria das religiões sempre primou pela perpetuação da espécie de maneira segura e eficaz. O conceito de família é um constructo que dá segurança na perpetuação. O “patriarcado” também é. Sou machista? SIM, SOU! E um dos princípios do “machismo” é sempre defender a mulher. Que ironia, né?
Imaginemos o mundo passando por UM DIA (24h) com todos os homens PARADOS, SEM TRABALHAR, SÓ DORMINDO. Como seriam essas 24 horas? Faça esse exercício de imaginação: quem te garante energia elétrica? Quem te garante água encanada? Quem trabalha para tua casa não ficar cheia de bosta? Quem mantém as estradas e as construções? Quem planta e colhe a tua comida? Quem cuida dos bichos que vão virar tua comida? Quem transporta a tua comida? Quem mantém a infraestrutura que usas para ler esta mensagem? Quem garante a tua segurança? Quem produz o combustível do teu carro? Quem? Quem? Quem?
Como seria esse dia?
Por que?!
Porque estamos cansados e merecemos essa folga. E os demais merecem a realidade.